quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Poema de amor efêmero


Esse Poema é de Um grande amigo meu..

Espero que ele não me processe por violação de direitos autorais....

As vidas que hoje se unem em amor dito eterno,
Amanhã estarão separadas e mal dizendo da sorte que tiveram entao com uma vida mediocre e um emprego vagabundo e meia dúzia de filhos catarrentos.
Quando chegar no fim da vida em uma cama de hospital, terás amaldiçoado todos o cavaleiros andantes das fábulas ouvidas na infância;
e então poderá morrer e descobrir que o verdadeiro amor nunca existiu.

Diogo Ramalho - Poeta radicalista.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Nesse dia Não





Quando todas as luzes da cidade se apagaram repentinamente, um espetáculo se apresentou em formas e contrastes. No fundo azul marinho uma bela lua branca e brilhante irradiava sua luz, pintando todo resto da paisagem de sombras. Tentei em vão capturar aquele momento através da objetiva de uma câmera. Nunca conseguiria tal feito. Isso porque não é possível captar algo tão tênue e efêmero. Não se capta sentimento virtualmente numa objetiva... talvez a impressão do sentimento que poderia ter sido.
Enquanto isso, ônibus lotados já passavam levando os eventuais trabalhadores pendulares, cada qual mais sonolento que outro e pouco aberto ao espetáculo que se desenhava no horizonte próximo.
Pergunto-me tantas coisas nessas horas: qual o sentido da vida? de onde viemos pra onde vamos? por que vamos? Quem sou eu? Quem matou Kennedy? Por que não mataram o Bush? Enquanto isso o azul marinho celeste ao fundo vai clareando e matizando-se em tantas e tais tonalidades que quase não percebo que a luz divagarmente clareava.
Eu sorvia as cores e os ares daquela manhã como nunca fizera antes, talvez pelo simples fato de sempre estar também no ônibus, sempre ser também um pendular...mas nesse dia não, nesse dia não!
E assim fique tentando fazer com aquela cena o que não conseguira com a câmera: Gravar um sentimento. E assim fiquei parado olhando o mundo se revelar estreito. E assim fiquei.
Os carros aceleram e passam. Primeiros uns poucos, depois mais e mais.
O primeiro raio de sol toca minha face: volto para casa e desabo na cama mais próxima da entrada. Quando acordo não sei se sonhei ou se a imagem na minha mente foi uma fotografia.