segunda-feira, 23 de agosto de 2010

2222 -TIRIRICA, pior do que tá não fica. (será???)

Algumas candidaturas revelam a indignação e a desmoralização da nossa política. Após a quantidade de votos recebidos pelo Macaco Tião em 1988 (em torno de 400 mil), numa candidatura não oficial lançada pelos humoristas do Casseta e Planeta para a prefeitura do Rio de Janeiro, a desmoralização subiu às alturas astronômicas. Nas eleições passadas tivemos eleito o finado Clodovil, e Frank Aguiar que eu me lembre. Agora temos a honrosa candidatura para deputado Federal por São Paulo pelo PR, nada mais nada menos que Tiririca.



Em um dos seus brilhantes discursos diz “O que faz um Deputado Federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto. Vote no Tiririca, pior do que tá não fica”.
Tiririca é humorista talentoso e acredito que deva continuar como artista e não sujar sua imagem com a política.

A Democratização da Democracia




A crise que se abateu sobre o Distrito Federal é a prova cabal da fragilidade da democracia e da prática política, bem como do desfaçamento das instituições públicas quando da utilização da coisa comum, coisa pública. A análise pode ser feita, no entanto, olhando-se por dois aspectos: se por um lado a crise mostrou-nos a nudez moral, as práticas culturais corruptas e ultrapassadas, a pequenez de espírito de nossos representantes; por outro fez nascer (ou evoluir) a indignação popular, a organização da sociedade civil – desorganizada - em torno de um objetivo e o senso crítico em expansão que fez, por exemplo, um governador de Estado dormir na prisão.

Não se pode negar que no fim de tudo as amarras foram afrouxadas, os culpados foram soltos e o dinheiro público tornou-se patrimônio de outrem que não seja o povo, mas já é um começo.

A questão básica da democracia e o que a alimenta é justamente a participação. A participação ativa evita que nasça o corrupto, impede que o dinheiro público seja encontrado numa conta particular e garante inclusive que seja usado de forma efetiva e eficiente (uma vez que o orçamento é autorizativo e não obrigatório).

A democracia é uma prática de conquista diária, é a luta pela minimização de interesses egoístas e a busca pelo coletivismo. Viver democraticamente de fato é um passo evolutivo.