(Galera, um texto de um grande amigo Leonardo Brito que resolvi postar. Boa Leitura)
Por Leonardo Brito
Após
três meses de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 25 pessoas
no mais atrevido e escandaloso caso de corrupção da história do Brasil, O
MENSALÃO. O julgamento, com 38 réus denunciados pelo Ministério Público, teve
início no dia 2 de agosto de 2012 e deverá ser concluído em novembro.
Em
meio a dezenas de datas vênia e outras expressões de efeito, o julgamento foi
marcado por embates entre relator e relator revisor. A acusação do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, contou até
com citação de uma letra musical de Chico Buarque: “dormia a nossa pátria mãe tão
distraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”.
O mensalão era visto pela
sociedade como algo que não iria dar em nada, ou seja, a sociedade sempre teve
o sentimento de que políticos não são condenados. O burburinho em todas as
camadas da sociedade era o mesmo: isso não vai dar em nada. No entanto, o povo
assistiu, após quase três meses de julgamento, a condenação de 25 pessoas pela corte
suprema.
Agora, depois de tanta
repercussão, o que devemos perguntar é: será que esse julgamento trará mudanças
ao sistema político brasileiro? Será que os políticos brasileiros passarão a
temer a justiça? Será que a justiça brasileira terá, em fim, coragem de
condenar políticos de forma célere? Todos querem acreditar que sim, que esse
julgamento seja como uma luz no fim do túnel, o surgimento de um novo tempo.
Espera-se que esse julgamento traga
mudanças na forma de se fazer política e na forma de gerir a coisa pública. Que
políticos e gestores públicos caminhem na direção da ética e do bem comum, sabendo
que qualquer prática ilícita é punida pela justiça brasileira. Que aqueles
burburinhos sobre impunidade transformem-se em certeza de punidade para aqueles
que profanam a República.
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